quarta-feira, novembro 08, 2006

O Apocallípse do Átomo - "Assassinos..."

Hiroshima e Nagasaky
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Dezenas de Milhares de Seres Humanos Viraram Pó, Instantâneamente.
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No fatídico dia 06 de Agosto de 1945, movidos além de tudo por uma necessidade de enviar uma mensagem clara à União Soviética sobre a nova arma de que dispunham, por um sentimento indissimulável de vingança pelo ataque japonês à base militar de Pearl Harbor, e pelo seu espírito beligerante e arrogante, aviões estadunidenses se aproximaram do primeiro alvo a sofrer os horrores das armas nucleares. Hiroshima, a então sétima maior cidade japonesa, com 350 mil habitantes, foi atacada por Little Boy - nome dado pelo piloto ao avião que atirou a bomba, homenageando sua própria mãe - que até o fim do ano de 1945, decretou a morte de aproximadamente 150 mil japoneses, dos quais apenas 20 mil eram militares. Não satisfeitos com tamanha atrocidade e apenas três dias depois do primeiro ataque, como se fosse possível preparar uma declaração total de rendição incondicional em três dias, os americanos atacaram a segunda cidade-alvo no dia 09 de agosto. Nagasaki e seus 175 mil habitantes foram as vítimas de Fat Man – homem gordo - segunda e mais poderosa bomba, que vitimou aproximadamente 70 mil seres humanos na contabilidade macabra feita em dezembro de 1945.
Oitenta e seis por cento das pessoas que estavam a até 1 km do centro da explosão foram incineradas instantaneamente. As bombas explodiram ainda no ar, bem nos centros das cidades e pulverizaram escolas, escritórios, prisões, lares, igrejas, veículos e hospitais. No epicentro do ataque, tudo virou pó, não havia cadáveres. Mais longe do ponto zero havia corpos espalhados por toda parte, inclusive de bebês e crianças. Os transportes coletivos completamente queimados, ainda traziam em seus assentos os passageiros, todos mortos instantaneamente, sentados ainda em seus lugares, compondo aquele cenário medonho. Todos os que estavam a quilômetros de distância do epicentro, mas voltados para o local da explosão, cegaram instantânea e definitivamente. A desidratação provocada pelas intensas queimaduras, deixou toda a sedenta população à mercê das águas dos pequenos reservatórios das duas cidades que literalmente ferviam com a intensidade do calor além de estarem terrivelmente contaminadas pela radioatividade.
Os dias imediatos às explosões foram de dor intensa: as pessoas perambulavam aos gritos e gemidos de horror com suas dores e com o que viam. Não sobrou atendimento médico nenhum, alimento algum, uma única gota de água não contaminada; pais tentando inutilmente cuidar das queimaduras nos corpinhos de seus filhos, choravam seu desespero sem saber sequer o que havia realmente acontecido para produzir todas aquelas fileiras de milhares de cadáveres.
Os menos atingidos, vítimas “apenas” da radiação, apresentaram, nos dias seguintes, febre e hemorragias arroxeadas na pele, gangrena e queda do cabelo. Esta morte dolorosa, tão parecida com o envenenamento por gás mostarda na tortura lenta que provoca, não era coisa na qual os americanos desejassem que o mundo se concentrasse após o lançamento das bombas. Afinal, os Estados Unidos da América haviam assinado tratados em 1889 e 1907 que baniam o uso de “armas envenenadas” na guerra. Pior que isso, haviam concordado com uma resolução de 1938 da Liga das Nações que tornava ilegal o bombardeio intencional a civis. Ou seja, com os ataques de Hiroshima e Nagasaki, os Estados Unidos simplesmente ignoraram todos os tratados que haviam assinado até então.
Quarenta e cinco por cento da população original das cidades de Hiroshima e Nagasaki, ou seja, 220 mil pessoas aproximadamente, morreram até dezembro daquele ano, mas, estes números estavam ainda longe de representarem a realidade. Milhares morreriam nos anos seguintes por conta das seqüelas deixadas pelas profundas queimaduras e efeitos da radioatividade. Em uma comparação meramente ilustrativa, é como se nos ataques do 11 de Setembro de 2001, ao invés de terem morrido três mil pessoas, aproximadamente quatro milhões de nova-iorquinos tivessem perdido sua vida no World Trade Center. E isso não é tudo, pois os efeitos da bomba não são apenas a morte e a destruição imediatas. Até hoje continuam morrendo pessoas vítimas de câncer herdado geneticamente de seus pais e avós, além de ser possível encontrarmos ainda hoje, milhares de pessoas com deformações físicas, câncer congênito, problemas de esterilidade e outras doenças decorrentes desse atentado monstruoso a civis, elevando o número total de mortos à casa dos milhões.
Os verdadeiros objetivos por trás dos bombardeios de Hiroshima e Nagasaki ficaram obscuros durante muito tempo. Na época foi alegada a resistência dos japoneses em aceitar rendição incondicional, já que os Estados Unidos exigiam a deposição do imperador japonês e eles não aceitavam essa condição. Eisenhower, general americano que futuramente se tornaria presidente, disse que “O Japão estava buscando alguma forma de render-se com uma perda mínima de aparência (...) não era necessário golpeá-lo com aquela coisa.” Com a recente liberação de documentos e diários antes considerados ultra-secretos, hoje já se pode concluir documentalmente que o principal objetivo por trás dos ataques a Hiroshima e Nagasaki foi a necessidade de enviar uma mensagem clara à União Soviética, de que os Estados Unidos tinham em mãos uma arma poderosa e que não hesitariam em utilizá-la caso fosse necessário. Infelizmente para os planos de Truman, a Alemanha havia assinado rendição incondicional em Maio de 1945 logo após o suicídio de Adolf Hitler. A Itália já havia se rendido anteriormente quando da prisão e assassinato de Mussolini. Naquele momento só restara o Japão.
De acordo com Peter Scowen, autor do Livro Negro dos Estados Unidos, “para os americanos, a detonação das bombas em Hiroshima e Nagasaki foram ações militares realizadas contra uma nação despótica que só podia culpar a si mesma pelo sofrimento de seu povo. (...) Havia até um fervor religioso pelo desempenho americano na construção da bomba atômica, pelo menos na cabeça de Truman: “... Agradecemos a Deus por [a bomba] ter vindo a nós ao invés de a nossos inimigos; e oramos para que Ele nos guie para usa-la à Sua maneira e com Seus propósitos...” . Pior que isso, só mesmo uma reveladora pesquisa que mostra o desejo desses assassinos em substituir um genocídio por outro. Ainda de acordo com Scowen, “...Uma pesquisa do Gallup feita em dezembro de 1944 revelou que 13% dos estadunidenses eram a favor da eliminação do povo japonês por meio do genocídio...”
Esse foi o maior crime de guerra já desferido contra a humanidade. Crime do qual jamais seus culpados foram sequer acusados, muito pelo contrário, foram saudados como heróis em todo o mundo simplesmente por terem vencido a guerra e movido uma propaganda capaz de fazer o mundo inteiro se esquecer do horror nuclear e lembrar apenas do holocausto contra o povo judeu.
Mas, muitos não se têm deixado levar pelos encantos de Nova York, pela beleza do Grande Kanyon, pela música negra vinda Nova Orleans ou pela pujança econômica... Muitos não se esqueceram de que o único culpado dessa verdadeira história de horror é a hoje comprovada maior nação terrorista de todo o planeta, os Estados Unidos da América.
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A s s a s s i n o s!...
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Um comentário:

  1. Anônimo7:06 PM

    foi atacada por Little Boy - nome dado pelo piloto ao avião que atirou a bomba, homenageando sua própria mãe -

    CORREÇÃO
    little boy era o nome da bomba e não do avião,o nome do avião era Enola Gay em homenagem a mãe do piloto.

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