quinta-feira, outubro 26, 2006

O Onze de Setembro, Trinta e Três Anos Depois. Quem São os Terroristas?!!!

"Eu não vejo porque nós temos de esperar e olhar um país tornar-se comunista devido a irresponsabilidade de seu povo". Henry Kissinger, Secretário de Estado Americano no governo de Richard Nixon, laureado com o Prêmio Nobel da
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Não dá para falar de 11 de Setembro sem começar pelo de 1973. Naquele ano, a nação que mais tarde seria vítima coincidentemente na mesma data do ano de 2001, apoiava mais um ato terrorista contra um país livre e seu governo democraticamente constituído, numa decisão já contumaz contra Nações ou Governos que não lhe são simpáticos.
Naquela primeira data, ás 6h30 da manhã, o presidente do Chile, Salvador Allende, foi acordado com um telefonema de um funcionário do governo avisando que a Marinha havia se rebelado no Porto de Valparaíso, a 110 km de Santiago. O presidente logo partiu para o La Moneda, escoltado e levando um fuzil AK-47, presente de seu amigo Fidel Castro.
Pinochet era um dos homens de confiança do presidente e chegou a orientá-lo para renunciar, contudo, a resposta foi negativa. O ataque ao La Moneda teve início às 9h15 da manhã.
Segundo o livro “El dia que se murió Allende”, do jornalista Ignácio González Camus, o presidente, consciente da luta intensa que seria travada ali, escreveu uma mensagem e pediu para que seus assessores militares levassem aos rebeldes: “Diga a seus comandantes que não saio daqui e nem me entregarei. Não vou sair vivo daqui mesmo que bombardeiem o La Moneda. Vou matar-me”.
Enquanto aviões sobrevoavam o palácio do governo, a mensagem do presidente era difundida em rádio. Ao meio dia, começaram os bombardeios contra o palácio. Allende abriu sua janela e gritou aos militares: “Allende não se rende a milicos!” Depois dos gritos desafiadores do presidente, seus últimos combatentes entregaram-se aos militares rebeldes e foi, nesse momento, que se ouviu um disparo. O chefe de Estado do Chile estava morto.
Richard Nixon, na época presidente dos Estados Unidos, apoiou logisticamente o golpe e festejou politicamente a ação golpista de Pinochet.
A partir do dia seguinte ao golpe, o Estádio Nacional de Santiago foi transformado num campo de prisioneiros e tortura. Cerca de sete mil pessoas ali passaram de acordo com a Cruz Vermelha. Começa uma ditadura sanguinária aplicando assassinatos, torturas, desaparecimentos e genocídios sob o nome da paz e democracia.
Para os setores conservadores dos EUA, os governos democráticos de esquerda eram menos toleráveis do que os assassinos alinhados.
Em meio a todo aquele terror, os EUA do republicano Nixon, reconhecem oficialmente o novo governo chileno apenas quinze dias após o golpe. E assim agiram, em nome da democracia, para com todas as ditaduras latino-americanas alinhadas a seus interesses, incluindo aí a que se instalou no Brasil a partir de primeiro de Abril de 1964.
Em 1999, documentos norte americanos sobre o golpe no Chile foram desarquivados, ajudando a esclarecer a responsabilidade de Washington na derrocada de Salvador Allende. Os documentos revelaram as operações secretas da CIA no Chile entre os anos de 1962 a 1975.
Os Estados Unidos realizaram operações com a intenção de que o líder marxista não fosse eleito. Depois acionaram outras operações com a intenção de desestabilizar seu governo e, finalmente, depois do golpe, apoiaram a ditadura de Pinochet.
Poucos dias após os acontecimentos do primeiro 11 de Setembro - 1973 - o escritor alemão Heinrich Böll, portador do prêmio Nobel de Literatura de 1972, perguntava num programa de rádio da emissora alemã WDR: “Quem foi libertado de quê através desse golpe? Os esclarecimentos forçados, já quase sem pudor, de uma parte da imprensa mundial, que justifica o golpe no Chile como uma espécie de ilegalidade preventiva necessária; as suspeitas pessoais e políticas contra Salvador Allende; os prognósticos sombrios de uma iminente catástrofe econômica no Chile - nada disto eliminará o fato de que a legalidade foi rompida no Chile, de que predominam o terror, a tortura, a xenofobia e de que a queima de livros foi declarada como virtude. São os carrascos que cuidam lá, da paz e da ordem”.
Aquele golpe militar foi o sangrento ponto final da política exterior dos EUA contra o socialista Allende, que fora combatido por Washington desde o início do seu governo.
Poucos dias depois da posse de Allende, os Estados Unidos lançaram as suas reservas de cobre no mercado mundial, fazendo com que caíssem rápida e drasticamente o preço do principal artigo chileno de exportação no mercado mundial. Dessa maneira, tornou-se praticamente impossível o financiamento das reformas sociais anunciadas. Ele só pôde concretizar realmente uma única reforma: o pediatra Salvador Allende fez com que todas as crianças chilenas recebessem gratuitamente meio litro de leite, todos os dias, até completarem oito anos de idade.
“Quem são os terroristas?”
“Os Estados Unidos são odiados no Oriente Médio por causa de seu apoio acrítico que soma mais de 3 a 4 bilhões de dólares por ano, sustentando incondicionalmente a ocupação israelense nos territórios palestinos, incluindo o fornecimento de helicópteros, caças F16 e mísseis com bombas de fragmentação usados para reforçar a ocupação” – Phyllis Bennis, do Institute for Policy Studies de Washington.
Nesses mais de cinqüenta anos de luta pela libertação do povo palestino contra a ocupação israelense, todos os ataques impetrados por Israel, foram resultados diretos da política norte-americana para a região. Além de dar total apoio à ocupação da Palestina por Israel, a política externa intervencionista dos Estados Unidos vem há muito, apoiando regimes tiranos na África e na Ásia, promovendo golpes na América Latina, invadindo países soberanos como Granada, apoiando mercenários oposicionistas na Nicarágua e em El Salvador, ou ainda, minando a economia de países considerados hostis, como Cuba e Iraque, o que vem agravando a fome e a morte da população civil mais carente.
Repito: “Quem são os terroristas?”
No Oriente Médio, foi assim mais recentemente, quando um dia depois de assumir a presidência, George W. Bush bombardeou desnecessariamente o Iraque de Saddam Hussein. Entre 1980 e 1988, na guerra entre o Irã e o Iraque, os Estados Unidos alimentaram o até então aliado Saddam Hussein, resultando na morte de 200 mil iranianos.
Três anos depois, o governo de Bush pai, liderou uma coligação militar contra o mesmo Iraque de Saddam na Guerra do Golfo, ocasionando a morte de pelo menos 130 mil iraquianos, a maioria de civis.. Vale lembrar que nessa ocasião, enquanto uma parte da população americana criticava a guerra, a maioria comemorava. Invadiram o Iraque, destruíram toda a infra-estrutura do país que está sendo reconstruída por empresas americanas a preço de ouro (leia-se petróleo), jogaram suas diversas etnias numa luta mortal umas contra as outras, deixaram o país numa guerra civil e, simplesmente, agora dizem ao mundo que realmente não havia nenhuma arma de destruição em massa bem como nenhuma evidência de apoio do governo iraquiano a membros da Al Qaeda.
Foi o “Eixo do Bem” que financiou e multiplicou ditaduras em todo o mundo com o mesmo propósito: defender os seus interesses específicos, que nunca foram os de fazer o bem ao maior número de pessoas. E o “Eixo do Mal”? Com que autoridade moral Bush elege povos como componentes desse “Eixo”?
Nesse tipo de luta, colocada de forma perigosa como um embate maniqueísta, nada indica que os Estados Unidos tenham credibilidade moral para representar o Bem. Além de sustentar o Estado de Israel, o intervencionismo militar dos Estados Unidos no Oriente Médio, vem condenando milhares de inocentes iraquianos à morte com as sanções econômicas desde a guerra do Golfo, além de dar sustentação a regimes árabes repressores, e interferir em golpes de Estado, como foi o próprio caso dos guerrilheiros afegãos que, com apoio norte-americano, na luta contra a ocupação soviética, formaram o Taleban e tomaram Cabul em 1996.
A visão bipolar do mundo não vem de hoje. Desde a antiguidade, as pessoas eram ensinadas a pensar o mundo de forma maniqueísta.: se os romanos representavam a modernidade, todas as outras civilizações, por mais distintas que fossem entre si, representavam a barbárie. Há poucos anos atrás, na época da Guerra Fria, essa visão bipolar poderia ser percebida facilmente: quem era do bloco capitalista, era considerado bom e quem pertencia ou simpatizava com o bloco socialista, era considerado mau.
Após o fim do socialismo real, o mundo capitalista perdia o seu lado antagônico. Isso representou um potencial prejuízo para as indústrias bélicas americanas, pois, teoricamente, não haveria mais justificativa para os enormes “investimentos” em artefatos de guerra. O Iraque foi o primeiro nessa nova fase a ser içado à condição de mau, após a invasão do Kuwait em 1990, e assim veio a Guerra do Golfo em 1991, quando o mundo ocidental foi ao encontro do oriental para "salvaguardar os ideais democráticos".
Finalmente, dez anos mais tarde, veio o embuste do “11 de Setembro” que serviu para delinear melhor a face do inimigo ocidental, que agora não estaria mais personificado na pessoa de Saddam Hussein, mas, representado no multifacetado “terror” do Oriente, permitindo aos americanos, em nome da Guerra Contra o Terror, atacar qualquer país que lhe interesse, inclusive o Iraque, para terminar o serviço que papai Bush começara. O 11 de Setembro de 2001 ficará marcado como o início de uma nova época. Mais do que um mega-atentado com tons midiáticos, “o mundo ficou consternado” com o drama do gigante ferido. Notável também a satisfação de vários setores norte-americanos após a tragédia, ao perceberem que os atentados legitimavam um governo de índices fracos, eleito pela minoria e numa eleição típica de terceiro-mundo.
Se o atentado terrorista é o mal, quais são as forças malignas?
O poder da mídia fala mais alto e os EUA aparecem como vítimas. Na verdade não são vítimas de coisa nenhuma, e sim as pessoas que morreram nos atentados. Essas, não há dúvidas, são vítimas, assim como foram os milhares de civis japoneses mortos com o bombardeio de Hiroxima e Nagasaki, quando a Segunda Guerra Mundial já estava praticamente acabada, mas, os EUA, queriam mostrar à URSS e ao mundo o poderio do “império americano” com um custo altíssimo de vidas humanas e danos ao ecossistema. Ou ainda, quando armam grupos guerrilheiros como aconteceu no Irã, na Nicarágua ou mesmo no Paquistão e Afeganistão, sob ameaças de invasão daqueles paises caso não se unissem aos americanos em suas investidas.
A partir de 1979, o Paquistão tornou-se um aliado privilegiado dos EUA, pois o ditador Zia Ul Haq acolheu entre 3 e 5 milhões de refugiados afeganes depois da invasão soviética ao Afeganistão.
Foi através do ditador paquistanês que os EUA passaram a dar ajuda financeira e militar à resistência no Afeganistão – a guerrilha mudjahidin – contra a ocupação soviética.
É interessante lembrar que Zia Ul Haq tomou o poder em 1978 após um golpe militar, eliminou a frágil democracia no país e instaurou a Sharia – código islâmico que prevê o açoitamento, a amputação e o apedrejamento até a morte para os criminosos. Uma de suas primeiras vítimas foi o presidente “democrata” que ele havia deposto, enforcando-o em 1979.
Volto a perguntar: “Quem são os terroristas?”
Quando o cristianismo foi o “dono do mundo” ocidental durante o feudalismo, poucos ousaram questionar o seu poder e suas decisões tomadas através da Igreja Católica. Aqueles que o fizessem, seriam também considerados hereges e teriam um único destino: a fogueira. Do mesmo modo, hoje, poucos ousam dizer que os EUA “colhem os frutos da política que implantaram” ao longo do século.
Os “senhores do mundo”, que se auto intitulam os “grandes defensores da liberdade” aparecem como vítimas de uma grande conspiração de forças malignas... Afinal de contas, quem entre nós vai defender os atos praticados naquele último dia 11?
Muitos meios de comunicação reproduziram no dia seguinte uma frase proferida pelo presidente Bush: “Hoje nossa nação viu o mal”. Dizem que os fundamentalistas foram os responsáveis pelo 11 de Setembro de 2001 – "o maior atentado da história", segundo os americanos – 3 mil mortos.
Será que se esqueceram dos 148.000 mortos no holocausto de Hiroxima e Nagasaki?
Será que os 600.000 civis mortos no Camboja na década de 70 por soldados norte-americanos se apagaram da história?
E os judeus de Treblinka, os palestinos da Cisjordânia, os negros do Mississipi e os mais de 1 milhão de mortos na Guerra do Vietnã – da qual os americanos não gostam de ser lembrados?
Sem provas cabais, decidem os EUA destruir o Afeganistão pois, supunham, Osama Bin Laden, treinado e armado pelos próprios americanos contra a então URSS seria realmente uma das poucas pessoas capazes de uma “proeza” como aquela, informaram os seus serviços secretos.
Em 17 de julho de 1996, quando um avião da TWA caiu na costa de Nova York provocando a morte das 230 pessoas, as primeiras suspeitas caíram sobre “algum árabe radical”.
A idéia de atentado permeou o imaginário de milhões de norte-americanos, até ser comprovada a falha elétrica que causou a explosão do tanque de combustível da aeronave.
O pior ataque terrorista sofrido pelos EUA em seu país até então havia sido a bomba colocada em frente a um prédio público em Oklahoma, em 1995, que provocou a morte de 168 pessoas. Novamente a idéia de terrorismo “árabe” foi propagada e, é interessante, como a própria imprensa dos EUA apresentou a frustração do povo quando foi preso o autor, um cidadão norte-americano, Timothy McVeigh, que foi condenado à pena de morte pelo crime, e executado.
Quando a mídia internacional divulgou vídeos e fotos mostrando as torturas, humilhações sexuais e outros abusos e violações dos direitos humanos a que os prisioneiros iraquianos eram submetidos na prisão de Abu Ghraib, a revista "Stern", da Alemanha, na capa de uma edição publicou como título, sobre o retrato de George W. Bush: "Moralisch Bankrott" - Bancarrota Moral.
O famoso Seymour M. Hersh, da "New Yorker", revelou que esses abusos e torturas na prisão de Abu Ghraib e também no campo de concentração em Guantánamo, desrespeitando a Convenção de Genebra, não decorreram de inclinações criminosas de alguns poucos soldados do Exército americano, mas, de uma decisão aprovada pelo secretário da Defesa, Donald Rumsfeld, com o objetivo de extrair dos prisioneiros mais informações sobre Al Qaeda e a resistência no Iraque. A CIA e o Pentágono mantêm prisões clandestinas na Tailândia, Qatar e Afeganistão entre outros países, e esconderam da Cruz Vermelha centenas de prisioneiros, por ordem do próprio Donald Rumsfeld. Durante a audiência de confirmação, o secretário da Justiça, Alberto Gonzalez, confirmou que a CIA não estava proibida de usar tortura ou qualquer método desumano, desde que fosse fora dos EUA.
Muitos prisioneiros foram entregues a outros países, como Egito, Síria, Arábia Saudita, Jordânia e Paquistão, em conformidade com o programa de "rendition" aprovado pela Casa Branca, de modo que fossem torturados por carrascos treinados pela própria CIA - como os torturadores brasileiros treinados após o golpe de 1964 - e ela pudesse receber depois as informações.
O professor Scott Horton, especialista em direito internacional da escola de direito da Universidade de Nova York estimou que centenas de pessoas tenham sido transferidas para outros países e torturadas desde 2001, enquanto o Secretário de Justiça americano buscava redefinir o conceito de tortura, com o uso de termos como "manipulação ambiental" ou "manipulação sensorial", para justificar as suas técnicas de interrogatório.
Não sem razão, no relatório de 2005, a Anistia Internacional comentou que as flagrantes violações dos direitos humanos e das leis humanitárias, "na guerra contra o terror", tornam uma zombaria a pretensão de George W. Bush de apresentar os EUA como campeões globais dos direitos humanos. E provavelmente, foi prevendo o emprego de tais métodos que George W. Bush retirou a assinatura dos EUA do tratado criando a Corte Penal Internacional, para crimes de guerra e contra os direitos humanos, e fez intensa campanha por meio de pressões e chantagem sobre outros países, de modo que não entregassem soldados americanos ao seu julgamento, privilégio que nenhuma outra nação procurou obter.
Puro Terrorismo de Estado.
Sem entrar numa discussão acadêmica, podemos dizer que o terrorismo é a utilização sistemática da violência previsível ou imprevisível, contra regimes políticos, povos ou pessoas. Ou ainda, numa visão psico-sociológica (?), um conflito intratável... O que aconteceu em Santiago do Chile, Nova York e em Washington deve ser visto como terrorismo puro - de Estado ou não - crimes contra a humanidade, mas nunca deveria provocar uma declaração de guerra que pode inutilmente causar mais vítimas inocentes, inclusive norte-americanas, como tem ocorrido com a ação militar para vingar as vidas ocidentais e “dar uma lição de quem pode mais” ao terrorismo. O que nem isso vêm conseguindo.
Os Estados Unidos não podem se achar no direito de querer reparar vidas de civis ocidentais inocentes com vidas de civis orientais inocentes. Para o psicólogo norte-americano Clark Mc Cauley, autor do livro Pesquisando o Terrorismo, “qualquer um de nós é capaz de um comportamento extremista por uma causa que defendemos”.
O terrorismo precisa ser condenado em qualquer lugar do mundo, mas, é preciso aceitar que, se foram os fanáticos que articularam o último atentado do dia 11 de Setembro não eram rebeldes sem causa. Com certeza gostariam de ver as tropas dos Estados Unidos se retirarem da Arábia Saudita, e Israel desocupar os territórios palestinos. A política externa norte-americana encontra-se sim no centro desses terríveis atentados. Assim, torna-se fundamental que, os Estados Unidos, façam um exame mais crítico de sua política externa, para que de maneira mais ampla, possa ser revista a forma dos países ricos inserir-se no mundo e o encaminhamento de questões político-nacionais e sócio-econômicas, para que a riqueza seja distribuída de forma mais justa, e que a miséria e a exclusão possam efetivamente ser eliminadas.
Jéssica Ster, especialista em terrorismo e política externa na universidade de Harvard, afirma que, “...precisamos dar prioridade à saúde, à educação e ao desenvolvimento econômico, ou outros ‘Osamas’ vão surgir. Sem dúvida, o que outros povos pensam de nós deve ser levado em conta. Ser temido somente não é suficiente para garantir nossa segurança”.
O acadêmico norte-americano Lars Schoultz ponderou em National Security and U.S. Policy toward Latin America (Princeton University Press, 1987), “Nenhuma nação que aspira a liderar o Ocidente pode permitir-se a imagem de um vizinho valentão, de uma nação rude, que resolve os problemas pela força. Rambo é cinema, não uma política exterior.”
Infelizmente, não é assim que George W. Bush pensa. Ele se imagina o próprio Rambo em luta contra o “eixo do mal”.
Quem são os terroristas?...
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“Se dou comida a alguém com fome, me chamam de santo.
Se pergunto porquê está com fome, me chamam de comunista”.
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Dom Helder Câmara