sábado, março 07, 2009

Mi Lay - Mais Uma Chacina dos Estados Unidos da América


Chacina há 41 anos.
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Na ensolarada manhã de 16 de março de 1968, a aldeia vietnamita Mi Lay acordou invadida por soldados norte-americanos e viu as centenas de civis inocentes serem sumaria e covardemente executados sob o fogo das metralhadores e de lança-chamas, não sobrando vivo um único morador, dentre os mais de 500 que habitavam a aldeia. Só havia bebês, crianças, mulheres e velhos. O motivo atribuído foi o de que a área era utilizada como refúgio para guerrilheiros norte - vietnamitas. As informações mentirosas apresentadas depois à mídia pelo exército americano foram de que, diariamente, os habitantes de Mi Lay e das aldeias próximas à região saíam para o mercado e que, nesse instante, a área ficaria ocupada por tropas da guerrilha.

A chacina aconteceu sob o comando do tenente William Calley, o responsável pela Companhia Charley, da 11º Brigada de Infantaria. A amplitude do episódio só não foi marior devido ao corajoso ato de um piloto que sobrevoava o local de helicóptero no momento exato da chacina. Muitas vidas foram salvas graças a Hugh Thompson Jr.

Ao observar do alto o que acontecia, Thompson ameaçou atirar com a metralhadora da aeronave nos soldados americanos e esses recuaram. O caso só veio à público cerca de um ano e meio depois, quando alguns soldados americanos resolveram denunciar o massacre cometido. Todavia, o conhecimento em escala mundial da notícia associa-se à um único nome: Seymour Hersh.

Com determinação e competência, o jornalista Seymour Hersh denunciou ao mundo as atrocidades cometidas em Mi Lay. Na época, com 31 anos, Saymor encontrou inúmeras dificuldades para divulgar a matéria referente à carnificina. A grande imprensa americana recusava-se publicá-la, evitando caos e incômodo. O assunto só passou a ser veiculado em 1969, depois que a agência de notícias Dispatch News Service aceitou repassá-la e jornais de pequeno porte começaram a distribuí-la. Semanas depois, revistas de grande circulação como Newsweek e Time passaram à abordar o assunto. Com a revelação sobre Mi Lay, a pressão para a retirada dos Estados Unidos da guerra alastrou-se.

Quarenta e um anos depois, os EUA estão atolados em uma outra “guerra” que em seis anos já custou mais de US$ 3,5 trilhões e causou a morte de mais de um milhão e duzentos mil iraquianos. Os seis anos de invasão ao Iraque conseguem ser ainda mais assombrosos do que os dez anos de Vietnã. Hoje a tecnologia empregada nas armas tem um poder de destruição em massa nunca visto antes em toda a história da humanidade. Um poder de abate tão fulminante que até mesmo os soldados norte-americanos a sentem contra si, como, por exemplo, as munições fabricadas com urânio. Há um índice altíssimo de veteranos com sérios problemas de saúde e câncer por terem manipulado este tipo de munição.

Olhar para os EUA, hoje, é como olhá-lo ontem, pois, mudanças mesmo nunca aconteceram, mesmo com a tecnologia, o crescimento econômico e o avanço no IDH inclusos nesta avaliação. Em seguida vêm as falências de imensos conglomerados, crise econômica incontrolável, descarada destruição do meio-ambiente e derrocada financeira arrastando milhões de desempregados para o meio da rua, puxando meio mundo para o buraco também. Numa rápida análise percebemos que o outrora “país da liberdade” sempre esteve envolvido nos conflitos mais trágicos e cruéis da história da humanidade: Vietnã, 2ª Guerra Mundial, Guerra da Secessão, dupla invasão do Iraque, apoio a todas as barbáries israelenses, bombas atômicas sobre civis japoneses de Iroshima e Nagazaki evaporando centenas de milhares deles… Impossível numerá-los. E, em todas essas chacinas, tentam confundir a opinião pública interna e do resto do mundo, fazendo-se passar por agredidos e, até mesmo, tomando a iniciativa ao denunciar a suposta agressão sofrida, com provas documentais falsas.

Quando veremos os representantes desses usurpadores serem condenados e executados?...


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