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Depois de o presidente dos EUA, George W. Bush, receber na terça-feira um grupo de dissidentes chineses, e de o Congresso americano aprovar resolução cobrando respeito aos direitos humanos no país-sede da Olimpíada, o comitê organizador reagiu de imediato.
O encontro de Bush com os dissidentes foi particularmente um incômodo para a China devido à presença entre os convidados na Casa Branca de Rebiya Kadee, que esteve na prisão por seis anos antes de ser expulsa da China em 2005, de fato a mais conhecida representante da etnia muçulmana uigur da qual provêem os grupos terroristas que pretendem "sabotar" as Olimpíadas.
É assim que os Estados Unidos tratam os terroristas que incomodam os países que não lhe são simpáticos ou que lhes ameaçam pelo poderio econômico e militar.
Que autoridade moral tem o governo americano e o povo que representa para condenar a maneira como a China convive com os direitos humanos? Quantos países a China invadiu nos últimos 50 anos? De quantas guerras participou? Quantas bombas nucleares atirou em civis? E se fizermos estas mesmas perguntas trocando a China pelos Estados Unidos, quais serão as respostas?
Como é que o governo americano não se envergonha de receber terroristas expulsos do território chinês como se fossem representantes da liberdade e dos direitos humanos, enquanto em Guatánamo e
Sun Weide, porta-voz do Comitê Olímpico Chinês, acusou os EUA de tentarem politizar o evento. "Somos contra qualquer tentativa de politizar os Jogos. Essas iniciativas expõem intenção maligna de sabotar a Olimpíada. É uma blasfêmia contra o espírito olímpico e vai contra a vontade de pessoas do mundo todo.
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